Vendas no setor oleiro-cerâmico fecha em baixa no primeiro trimestre do ano

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PANORAMA – Empresários do maior pólo cerâmico do estado de São Paulo responsável pela produção diária de milhões de peças de tijolo, telha e lajota, estão preocupados com a quantidade de material estocado no pátio das industrias em detrimento da baixa nas vendas neste primeiro trimestre
do ano. Se o que esta ruim pode piorar, o palpite de muitos desses empresários é um segundo semestre cheio de incertezas com a Copa do Mundo e eleições presidenciais, época em que apoio da esfera governamental costuma ser adiada para o ano que vem.

Em Presidente Epitácio, a Cerâmica Romana esta com 1 milhão de peças de tijolo empilhadas no pátio esperando venda. A mesma realidade em Panorama, na Cerâmica Modelo com 1,3 milhões peças de telha e lajota.
Em Paulicéia, as cerâmicas São Paulo e Rabeschini somam 1,3 milhões de
peças.

Segundo o diretor da Incoesp (Cooperativa das Industrias Cerâmicas do
Oeste Paulista), Milton Salzedas, em maio nunca foi comum estas
industrias passar com todo esse material estocado. Antecipa ainda, que
o setor teme com a chegada do mês de junho, início da Copa do Mundo
desaceleração do mercado. “Em outras épocas esperávamos passar o
período de carnaval para vender toda a produção, e o reflexo nesse ano
esta sendo refletida na redução da mão-de-obra com a dispensa de
funcionários em todo setor”, afirma.

Salzedas comentou que a Incoesp deverá pedir uma audiência com o
governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, para reforçar
antigos pedidos encaminhados ao Palácio dos Bandeirante na capital
paulista. Entre tantos assuntos a serem debatidos figura tópicos como
pauta fiscal com estados vizinhos, uso do bloco de cimento na
construção de casas do CDHU, logística para escoação de material,
incentivos fiscais do governo para o setor.

O setor oleiro-cerâmico da região Oeste paulista pretende tomar
postura idêntica a dos empresários do estado do Rio Grande do Sul, que
em audiência na sede do governo gaúcho foi fixado pelo governador
Tarso Genro, prazo de um mês para que ele pudesse apresentar proposta
de política de incentivos ao setor daquele Estado, que enfrenta os
mesmos problemas do estado de São Paulo.